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Foge, se não molhas-te

O mar galgando a terra é a velha história dos ilhéus que somos. Tão habituados estamos a esta simbiose, que, num desafio, invadimos o território dos deuses marinhos como se o medo não existisse.

Na hora dos temporais, choramos as dores e as perdas, como se não as tivéssemos imaginado possíveis. Mas quando surge a manhã clara refletida no mar de que somos feitos, as dores e as perdas são apenas memórias distantes, que se diluem na poalha das ondas.

Texto – Maria João Ruivo
Fotografia – José Franco 2013

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